Experimental browser for the Atmosphere
Notícia da @oglobo.globo.com "J&F compra participação da Paper Excellence na Eldorado Celulose por US$ 2,6 bilhões" Link sem paywall ⬇️
May 15, 2025, 6:54 PM
{ "uri": "at://did:plc:y545canthvu4hk5bg4jdwh2t/app.bsky.feed.post/3lpa75d7dsw2b", "cid": "bafyreifes4wlh5zafrhjjwurt3m6zgic5xl5352i5tymqt6ofc5k67mgxm", "value": { "text": "Notícia da @oglobo.globo.com\n\n\"J&F compra participação da Paper Excellence na Eldorado Celulose por US$ 2,6 bilhões\"\n\nLink sem paywall ⬇️\n", "$type": "app.bsky.feed.post", "embed": { "$type": "app.bsky.embed.external", "external": { "uri": "https://sem-paywall.com/http%3A%2F%2Fdlvr.it%2FTKnZkP", "thumb": { "$type": "blob", "ref": { "$link": "bafkreiektwqd6br5wafpvpffv3aqeq5takxh6wgywxcm5cppc3562e4gza" }, "mimeType": "image/jpeg", "size": 114010 }, "title": "J&F compra participação da Paper Excellence na Eldorado Celulose por US$ 2,6 bilhões", "description": "Disputa das empresas se arrastava desde 2018, no que é considerado o maior litígio societário em curso no país A J&F — holding dos irmãos Wesley e Joesley Batista — e o grupo de papel e celulose Paper Excellence assinaram nesta quinta-feira o acordo que põe fim a disputa de oito anos pelo controle da fabricante brasileira de celulose Eldorado. Encerrando o que é considerado o maior litígio societário em curso na Justiça brasileira, a J&F comprou por US$ 2,64 bilhões (R$ 14,9 bilhões) a participação de 49,41% da companhia de origem indonésia, hoje baseada no Canadá. \nEm comunicado conjunto, a holding dos irmãos Batista e a Paper Excellence afirmaram que a transação \"atende plenamente aos interesses de ambas as partes e põe fim, de forma plena e definitiva, a todos os processos judiciais e arbitrais em curso\".\n\"A J&F demonstra, com esse investimento, a sua confiança no Brasil e na Eldorado. A Paper Excellence seguirá explorando oportunidades no setor de celulose e papel\", diz o comunicado.\nO valor final do acordo veio pouco abaixo do que vinha sendo discutido. Fontes ouvidas, sob condição de anonimato, pela coluna Capital, do GLOBO, falaram que o valor começou em US$ 2,9 bilhões (R$ 16,3 bilhões). Na reta final, o valor foi reduzido para US$ 2,7 bilhões (R$ 15,2 bilhões) e o contrato foi firmado por US$ 2,64 bilhões (R$ 14,9 bilhões). \nTerceira maior indústria de papel e celulose no Brasil, atrás da Suzano e da Klabin, a Eldorado encerrou o primeiro trimestre deste ano com uma receita líquida de R$ 1,62 bilhão, um aumento de 14% na comparação a igual período de 2024. O lucro líquido somou R$ 459 milhões, uma expansão anual de 50%.\nBriga durou oito anos \nA disputa entre as duas companhias começou em 2018, um ano após a J&F vender a Eldorado para a Paper Excellence, baseada no Canadá, em uma transação que avaliou a companhia brasileira em R$ 15 bilhões, incluindo uma dívida de R$ 7,4 bilhões. No ano seguinte, a J&F pediu mais R$ 6 bilhões como condição para transferir as ações da empresa brasileira à Paper, mas desistiu do negócio e judicializou o caso. \nNa época, a Paper já tinha quitado cerca de R$ 3,8 bilhões do contrato. Como resultado, a Paper terminou com apenas 49,41% das ações da Eldorado, enquanto o restante dos papéis seguiram com os Batista. Desde então, mais de 50 ações judiciais e recursos foram protocolados pela J&F nos tribunais brasileiros.\nSegundo fontes próximas às partes, a ideia da compra pela família Batista sempre foi aventada como uma solução para o litígio, mas as conversas nunca evoluíram para a discussão de um valor que a Paper considerasse justa. O mais perto que as duas partes chegaram de um acordo foi no fim de 2023, em uma reunião em Frankfurt, na Alemanha, entre Joesley Batista e Jackson Wijaya, o bilionário indonésio que é dono da Paper Excellence. \nEra a primeira vez que os dois se encontravam pessoalmente desde o começo da briga, mas, em vez de acalmar os ânimos, a reunião serviu para azedar de vez a relação. Desde então, Joesley e Wijaya não se encontraram mais, segundo interlocutores. \nFonte próxima à J&F argumenta que o acordo só saiu agora porque a Paper vem sofrendo alguns reveses judiciais na disputa. Do outro lado, a percepção é que o que destravou as negociações foi uma nova arbitragem movida contra a J&F e a Eldorado na Câmara de Comércio Internacional (ICC), em Paris, e uma ação aberta contra os irmãos Batista na Justiça da Flórida. Nos EUA, a Paper exige o reconhecimento da sentença arbitral da ICC, que deu ganho de causa à firma canadense, e a validação do contrato de compra que lhe daria 100% da Eldorado.\nAté o acordo bilionário, foram dois meses e meio de negociações até que o valor fosse considerado \"razoável\" para a Paper.\nNestes oito anos de disputa, a empresas asiática chegou a perder os direitos políticos na Eldorado. A decisão monocrática do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) se deu após pedido da própria Eldorado, e um inquérito foi aberto no órgão para investigar se a Paper utilizava sua posição de acionista minoritária, com 49,4% das ações, para prejudicar a empresa, o que a Paper negava.\nA companhia asiática recorreu à Justiça para que a decisão do órgão fosse derrubada, mas o pedido foi negado em primeira instância, sob argumento de que a medida era necessária para proteger a concorrência e impedir práticas nocivas. No fim do mês, porém, o Tribunal de Justiça Federal de São Paulo (TRF-3) suspendeu as decisões do Cade e da primeira instância e devolveu os direitos políticos da Paper na Eldorado.\nInteresse no Brasil\nDepois de vender os 49% que detinha na Eldorado, Jackson Wijaya vai analisar outros alvos potenciais para aquisição no país, segundo fontes que acompanham os movimentos do bilionário indonésio contaram à coluna Capital, do GLOBO. Isso porque a estratégia de crescimento do grupo canadense fundado por Wijaya tem sido majoritariamente “inorgânica” — ou seja, baseada na compra de ativos. Desde que entrou no capital da Eldorado, em 2016, a Paper Excellence já realizou três grandes aquisições no Canadá.\nAnalisar ativos no Brasil será uma das missões de Cláudio Cotrim, CEO da operação brasileira da Paper Excellence desde 2015. Cotrim faz parte do conselho global do grupo e continuará na empresa mesmo após a saída da companhia do capital da Eldorado." } }, "createdAt": "2025-05-15T18:54:07Z" } }